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quinta-feira, 30 de abril de 2015

O que você faria para levar a natureza para os centros urbanos?
23 de Abril de 2015 • Atualizado às 09h50


O Múrmura é uma plataforma colaborativa para compartilhar ideias e iniciativas transformadoras no espaço urbano. Uma das frentes de atuação de trabalho é por meio de desafios criativos que são lançados constantemente, o último deles é o “Traga a natureza pra cidade”.
Esse projeto busca incentivar a população urbana a levar mais verde para os bairros. “Nosso objetivo é encorajar as pessoas a intervirem na cidade em busca de fazer o cinza virar verde. Queremos despertar a inteligência coletiva e dar escala a ideias simples e transformadoras”.
Para encorajar e inspirar as ações, o grupo já testou na rua três ideias. “Um bom lugar para uma árvore” é iniciativa que pinta esta mesma frase no chão de ruas e avenidas com pouca vegetação. Trata-se de um alerta para a falta de áreas verdes na cidade e é uma ideia adaptada da artista norte-americana Candy Chang.
“Poste-árvore” é o nome de outro projeto desenvolvido para participar do desafio. Como o próprio nome indica, o grupo instalou diversas plantas nos postes e pontos de ônibus. As mudas foram plantadas em vasos e amarradas nas estruturas de concreto. Confira abaixo:
A última das ações foi a “A natureza recarrega”. Com um carrinho, foi projetado um banco de grama na Avenida Presidente Vargas, centro do Rio de Janeiro, com carregadores de celular. Quem passava por ali podia “sentar na grama” para esperar o ônibus passar, completar a carga do celular ou simplesmente descansar. 
Este último projeto implantado, como pode ser visto abaixo, mostra que a intervenção urbana voltada para o verde, por menor que seja, já faz uma grande diferença no ambiente urbano.
O grupo convida todos a também colocarem a mão na massa. “Estamos procurando por ações simples, criativas, replicáveis e inspiradoras que despertem em outras pessoas a vontade de fazer também. A qualidade da execução e a apresentação da ideia são importantes, mas o mais importante é que a ideia seja capaz de ser executada em outros lugares também”, afirma o grupo. Confira abaixo o vídeo do desafio:
Este desafio é realizado em parceria com o Zebu, empresa que desenvolve projetos criativos de design e sustentabilidade. Para saber mais sobre como participar, clique aqui.
Marcia Sousa – Redação CicloVivo


Por: http://ciclovivo.com.br/noticia/o-que-voce-faria-para-levar-a-natureza-para-os-centros-urbanos

Saiba como estimular a criatividade no ambiente de trabalho

Por Juliana Nakamura
Edição 215 - Dezembro/2011
Sergio Colotto
Sim, a criatividade pode ser desenvolvida e exercitada. Poucas vezes vem do zero: ideias inovadoras são, principalmente, resultado de bagagem cultural e de conhecimentos que vão além da vida profissional - ou seja, incluem uma busca por informações diversas, seja em livros, filmes ou música, por exemplo. Na arquitetura, cultivar essa busca constante por novas ideias pode evitar a redundância de linguagem e é uma ferramenta a mais para encontrar soluções aos problemas dos clientes.
"Repetir a linguagem pode ser um reflexo da insegurança para a experimentação e sua necessidade de se ater à memória e ao passado. A história tem obviamente de ser considerada. Mas também é importante termos sensibilidade para interpretar nossa condição social e cultural e criarmos nossos próprios marcos históricos", acredita Daniel Corsi, do escritório Corsi Hirano.
O arquiteto Guto Requena lembra que as tecnologias digitais trouxeram uma espécie de democratização da profissão. Se por um lado isso é positivo, por outro indica que bons profissionais precisam se esforçar mais para se diferenciar. "Todos podem fazer maquetes eletrônicas realistas. O que diferencia o projeto é a criatividade e a destreza em lidar, de maneira original, com os problemas e desafios do projeto", diz Guto.
BUSQUE REPERTÓRIO
O pensamento criativo é, de forma geral, proporcional ao repertório profissional, cultural e humano do indivíduo. "A experiência pessoal fora do ambiente arquitetônico conta muito, ainda mais hoje, quando a parceria entre arquitetura e outras áreas vem criando soluções extremamente inovadoras", diz Lula Gouveia, sócio do Estúdio Superlimão. "Antoni Gaudí tinha uma bagagem extraordinária simplesmente por conviver com seu pai que era serralheiro", exemplifica Lula.
Em um de seus trabalhos mais recentes, o showroom e galeria de arte Firma Casa (AU 213), em São Paulo, o Estúdio Superlimão precisava encontrar uma solução para que toda a fachada pudesse ser revestida por seis mil mudas de Espada de São Jorge. A saída veio em forma de um vaso confeccionado a partir de uma chapa de alumínio dobrada como um origami. "Ao unir uma técnica milenar a um material moderno, conseguimos uma solução simples e eficiente. Isso não se aprende em cursos acadêmicos, mas com pesquisa e vivência, aliadas a um olhar livre de conceitos pré-estabelecidos", revela Lula. A combinação entre conhecimentos de diferentes disciplinas e pesquisa aplicada também resultou em ideias criativas para o projeto do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, assinado pelos arquitetos do Corsi Hirano. "Era importante assimilarmos o que a ciência tinha a oferecer para a arquitetura. Isso nos fez pensar em cada elemento do museu sempre vinculado à ciência", conta Daniel. No projeto, isso é visível na entrada em balanço, que provoca um questionamento sobre a física, e nas perfurações da superfície da fachada que representam o infinito ao reproduzir diagramas matemáticos. "A inventividade surge de associações. Exceder a arquitetura é fundamental", finaliza Daniel.
COMO ESTIMULAR
A criatividade se revela a partir de associações e combinações originais de planos, modelos, sentimentos, experiências e fatos. O consultor Jairo Siqueira conta que há uma série de técnicas para estimular esse tipo de pensamento. Algumas são mais conhecidas, como o brainstorming, que permite a geração de novas ideias, conceitos ou soluções relacionadas a um tema específico em um ambiente livre de críticas e de restrições à imaginação - que pode tanto ser feito em grupo quanto individualmente.
Há ainda o mapa mental (mind map), que consiste em um diagrama que centraliza certo conceito e, a partir dele, dispõe radialmente palavras, ideias, tarefas e outros itens ligados ao conceito que se quer aprofundar. "O diagrama representa conexões entre pedaços de um tema ou tarefa. Pelas informações e suas conexões de uma maneira gráfica, o mapa mental estimula a imaginação e o fluxo natural de ideias livre da rigidez das anotações lineares", explica Jairo que recomenda, ainda, a prática constante de questionar a validade de regras, procedimentos, situações, informações ou comportamentos assumidos como verdadeiros e incontestáveis. Afinal, esse tipo de pensamento engessado só atrapalha a inovação.
INOVAR PARA CRESCER
A batalha entre lucratividade, prazo e crescimento pode ser contraditória na adoção de técnicas para estimular a criatividade. A lucratividade requer eficiência, processos estáveis e controlados, padronização e previsibilidade. O crescimento, por sua vez, requer inovação, mudanças nos processos, fuga da rotina e assumir riscos. "A opção pelo crescimento implica certa tolerância a erros, pois raramente a inovação nasce de uma única ideia brilhante. Muitos casos de sucesso são construídos sobre experimentos fracassados", ressalta o consultor.
Como estimular a criatividade?
● Fuja da Síndrome da Jaula Pequena, caracterizada pela inércia e pelo comodismo. Você pode estar cercado de oportunidades para fazer coisas originais, mas continuar a fazer as coisas sempre do mesmo jeito, ignorando as mudanças que ocorrem à sua volta
● Procure criar uma cultura de experimentação no escritório, ainda que isso possa exigir alguma disposição para arcar com os custos de tentativas fracassadas até se chegar ao sucesso
● Mantenha-se sempre atualizado em relação a novos materiais e técnicas
● Reserve um tempo para investir em novas soluções para o projeto. Não pare na primeira ideia
● A criatividade só se transforma em inovação quando é bem-aplicada. Na arquitetura, ideias criativas fazem sentido quando estão acompanhadas de sentido
● No dia a dia, utilize ferramentas como o brainstorming. Também analise as ideias considerando seus pontos fortes, fracos e interessantes. Explore todos os aspectos da ideia antes de julgá-la
● Além do brainstorming, arquitetos podem fazer croquis à mão livre para estimular a imaginação e o fluxo de ideias desde o início do projeto
● Guarde seus croquis em um local de fácil acesso. O material pode servir como fonte de inspiração para projetos futuros
Sergio Colotto

 

Procurando estágio?


Por Giovanny Gerolla
Edição 213 - Dezembro/2011

Sergio Colotto

O futuro arquiteto e pretendente à vaga de estagiá­rio deve saber que está prestes a adentrar em um mundo de trabalho e desenvolvimento de projetos em equipe, com arquitetos de diversos graus e níveis de experiência, o que exigirá capacidade de interlocução e relacionamento, além de criatividade e muita personalidade. Isso sem contar, claro, os ingredientes básicos: cursar graduação em arquitetura e dominar ferramentas como AutoCAD ou, mais recentemente, a plataforma BIM (softwares como ArchiCAD, Bentley, Revit e Vectorworks).
"Sem dúvida, softwares de desenho ou de design serão exigência de qualquer escritório; por isso indicamos que se interem sobre esses programas desde o primeiro semestre da faculdade", diz Eduardo de Oliveira, Superintendente de Operações do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

HABILIDADE X VONTADE

Em alguns casos, a bagagem técnica pode não ser tão essencial para conseguir uma vaga, pois alguns profissionais acreditam que o conhecimento pode ser adquirido durante a experiência de trabalho. Nestes casos, são levados em conta, por exemplo, conhecimentos mais gerais - como o que o candidato sabe sobre atualidades, cultura geral e história da arte ou da arquitetura. "Com isso, o contratante busca saber sobre os interesses e núcleos temáticos de domínio do candidato", afirma Eduardo.
Para o arquiteto Maurício Karam, no entanto, a entrevista não é a etapa mais importante: "Pedimos também ao candidato que faça alguns desenhos técnicos, para entendermos um pouco melhor seu nível de detalhamento. Mas o que acabo analisando mesmo é sua vontade de aprender, pois currículo e teste demonstram pouco suas reais habilidades. Para o estagiário, o que vale mesmo é a avaliação que fazemos dele ao longo da fase de experiência".
O arquiteto Sidney Quintela concorda: tantas qualificações não serviriam muito ao escritório de arquitetura se o candidato não trouxesse consigo, principalmente, vontade de aprender e interesse na empresa onde vai trabalhar.


CARGOS

No escritório de Maurício Karam, o estagiário acaba exercendo a função de profissional júnior. Já Sidney Quintela informa que o nível de cobrança sobre o estudante, assim como os requisitos para sua contratação, vai variar de acordo com o período da graduação em que estiver. "Nosso estagiário dá suporte direto aos arquitetos que desenvolvem projetos e, inicialmente, terá de se acostumar também a algumas atividades mais braçais, como fazer cadastros e ajustes em plantas e desenhos no CAD", exemplifica Sidney.


EDUCAÇÃO E SOCIABILIDADE

Empreendedorismo, resiliência, liderança, fle­­­­xi­­­­­­­bili­da­de, as­­­­sertividade, ética no trabalho, além de boa comunicação falada e escrita. Esses são alguns dos aspectos requisitados por empresas que buscam estagiários em arquitetura.
Quem não se vê muito apto à boa convivência corporativa não deverá, no entanto, entrar em pânico desde logo - nem se imaginar, de antemão, excluído do mercado. O próprio CIEE tem oficinas presenciais de livre acesso (sem custos) em algumas de suas unidades, que buscam desenvolver inteligência emocional, relacionamento interpessoal e dar uma lição de autoconfiança para a entrevista com o possível empregador. Há ainda opções de cursos online.


A SUA VAGA

Para encontrar a vaga de cada perfil, valem ferramentas como sites pagos ou gratuitos de emprego, redes e grupos sociais, blogs e murais da faculdade. "Também é importante que o futuro profissional de arquitetura e urbanismo invista na construção de um networking, pois com seus contatos, professores e com experiências prévias de trabalho ficarão sabendo de novas vagas disponíveis", complementa Aline Christine, consultora de RH da Catho Online.
Segundo pesquisas do CIEE, 65% dos estagiários acabam sendo efetivados. O mineiro Gustavo Penna confirma as estatísticas: "Mais da metade de meus arquitetos, hoje empregados, foram meus estagiários um dia".

Clientes: como fidelizar?

Por Silvana Maria Rosso
Edição 214 - Dezembro/2011

Custa cinco vezes mais conquistar um novo cliente do que manter um atual. Essa é a conclusão de Philip Kotler, autor do bestseller Marketing para o Século 21, com base em pesquisas realizadas pela Tarp (Technical Assistance Research Program).
"Quando a empresa perde um cliente, perde o lucro que teria com suas contratações futuras - e já teve custos para conquistá-lo a primeira vez", observa Fernanda Zannoni, consultora de gestão e marketing de empresas de prestação de serviços. As vantagens em fidelizar o contratante não param por aí. Além de contratar o escritório para outras obras, clientes satisfeitos também o recomendam a terceiros.
"Arquitetos têm um enorme potencial de negócios mal-aproveitado", afirma o consultor de mar­keting Ricardo Botelho, especializado no setor de arquitetura e construção civil. Segundo Ricardo, os escritórios deixam de agir e de mobilizar a carteira de clientes para conseguir novos por simples falta de visão e de percepção.

COMERCIAL X RESIDENCIAL


Em geral, os clientes de obras comerciais são os que usufruem mais frequentemente dos serviços do escritório de arquitetura, principalmente quando expandem o negócio. Já o projeto residencial tem um caráter menos periódico - afinal, o cliente não muda de casa nem reforma todo ano. Para esse perfil, Ricardo aconselha que sejam previstos serviços de manutenção e atualização de projeto.
A ideia é que o arquiteto desenvolva um planejamento de prospecção baseado em um calendário de demandas de ex-clientes. Pelo próprio projeto também é possível identificar o momento ideal para uma manutenção específica e se planejar para relembrar o cliente no momento mais propício.
As consultas técnicas, por exemplo, são bons indicadores de fidelização, mostram a constância do cliente e é sinal de confiança no trabalho. "Temos clientes para os quais já fizemos mais de 40 projetos. Outros passam algum tempo sem fazer contato, mas quando resolvem fazer um novo empreendimento ligam de volta", conta o arquiteto Luciano Imperatori, da Hochheimer Imperatori Arquitetura.

SABER ESCUTAR


É o tipo de clichê que vale sempre a pena reforçar: cada cliente é único e exige um tratamento específico. No entanto, se for para escolher uma fórmula que deve acompanhar todos os casos, seria: esteja sempre presente, principalmente resolvendo os problemas. Essa posição consolida o relacionamento entre cliente e arquiteto. "O cliente não quer pensar em problemas, quer que você resolva. A dica está no bom atendimento", explica o arquiteto Luis Capote, sócio do escritório Roberto Loeb Arquitetura.
Equipes entrosadas e motivadas se comunicam rapidamente quando percebem necessidades de intervenção. Quando surgir um problema, a transparência é o melhor remédio. "Sempre que estiver errado, reconheça - mesmo quando não souber o que fazer", aconselha Luis. Para isso, é preciso ter um time comprometido em responder, de forma rápida, a todas as demandas. "Mesmo que seja para dizer que não dá para fazer. Os clientes odeiam ser enrolados. Na verdade, os maiores problemas surgem pela falta de posição", diz Ricardo.
A escuta ativa é um recurso muito usado para detectar problemas. É preciso prestar atenção aos sinais que o cliente emite. Para Luciano, o líder do escritório de arquitetura deve manter contato direto com o contratante. "Ainda que deleguemos tarefas a outros arquitetos do escritório (independentemente do nível deste profissional) devemos periodicamente 'dar as caras' durante o processo. Nem que seja apenas para um cafezinho", instrui.

QUEM RECLAMA GOSTA


O líder do escritório de arquitetura deve definir o estilo de atendimento, envolvendo a equipe para que tome consciência de que o cliente forma a opinião sobre o escritório de arquitetura a cada contato e interação. Além disso, precisa de paciência para administrar conflitos pois, quase sempre, o cliente que reclama é o que quer ficar.
"Quem está insatisfeito e não acredita que a situa­ção tem conserto, normalmente vira as costas e vai embora. Procura terminar logo e trocar de fornecedor, sem maior perda de tempo. Evita desgastes desnecessários", revela Fernanda.
Pesquisar o nível de satisfação no final de cada etapa indica as correções a serem feitas para melhorar a performance da equipe e dos fornecedores - e ter isso registrado é uma boa ferramenta para decisões futuras.

TEMPO É DINHEIRO


Fernanda aconselha que a dedicação ao cliente seja proporcional ao número de horas previstas no escopo do contrato de prestação de serviços, que servirá de base na precificação dos trabalhos. "Isso representa objetividade no dimensionamento, no orçamento do serviço e no compromisso da entrega do projeto", explica Fernanda.
O ponto de equilíbrio é quando se consegue organizar para entregar uma solução sob medida, sem desperdícios de recursos ou processos, com valor positivo ao cliente e com resultado financeiro ao escritório. Mas isso nem sempre é fácil. Luciano Imperatori diz que atender simultaneamente os três pontos básicos para a fidelização - preço, escopo e prazo - é quase impossível. "Deve-se afinar ou priorizar dois deles, em detrimento do terceiro, conforme a necessidade de cada cliente ou o perfil do escritório. Isso pode significar que determinados clientes podem não interessar mercadologicamente a determinado tipo de escritório", acrescenta.
Os arquitetos devem ter consciência de que são prestadores de serviço. "Se deixamos o profissionalismo de lado e nos baseamos apenas no 'gênio criativo' é o começo do fim", conclui Luciano.
Comunicação dentro e fora

- Planeje com o seu cliente a fase pós-projeto, que inclui consultas técnicas, manutenções e futuras ampliações da edificação
- A cada etapa concluída, avalie o grau de satisfação do cliente. Aplicar um questionário, nem que seja em uma conversa informal, ajuda a obter as respostas que indicam as correções a serem feitas
- Nem todo cliente entende o dia a dia de um serviço de arquitetura. Por isso, elabore e envie regularmente relatórios que expliquem as atividades realizadas no projeto: cabe ao arquiteto explicar as soluções oferecidas
- Após a venda, não caia no esquecimento: prepare mensalmente - ou em períodos maiores - newsletters com os novos projetos do escritório e envie aos clientes antigos e novos
- Reúna-se periodicamente com sua equipe para transmitir as observações feitas pelo cliente
- Esse momento também é ideal para ouvir as dificuldades do time e, a partir daí, bolar estratégias de melhoria de produção e de relacionamento com o cliente
- Defina o estilo de atendimento do escritório: qual a posição de cada arquiteto frente a pedidos do cliente
- Também exponha as características de cada cliente, e o que se deve priorizar no atendimento, de acordo com as necessidades e características do projeto

6 exemplos de espaços compartilhados bem sucedidos

© Seattle, EUA. © SvR Design Co, via Flickr  
© Seattle, EUA. © SvR Design Co, via Flickr
Eliminar a sinalização de trânsito, os semáforos e os limites espaciais entre os diferentes meios de transporte para criar espaços compartilhados, essa é a aposta de algumas cidades para garantir que suas ruas sejam mais seguras para seus cidadãos.
Embora essa medida possa, à primeira vista, parecer drástica, a experiência de algumas cidades demonstra que as ruas não apenas ficam mais seguras para todos, como também se convertem em lugares que atraem mais pessoas.
Veja, a seguir, o caso de seis cidades que investiram na criação desses espaços compartilhados.
1. Auckland, Nova Zelândia
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© wfeiden, via Flickr 
   © wfeiden, via Flickr
Na Elliot Street, uma das ruas do centro financeiro da cidade, foram removidos os elementos de concreto que separam as calçadas da rua, criando uma superfície plana contínua. Também foram apagadas as faixas duplas amarelas que delimitavam as pistas por onde circulam os automóveis.
As medidas foram implementadas em 2011 e, desde então, a velocidade dos veículos foi reduzida (sobretudo durante o dia), o número de acidentes não aumentou e a quantidade de carros em circulação diminuiu.
2. Bohmte, Alemanha
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Em 2007 as autoridades dessa pequena cidade optaram por eliminar a sinalização de trânsito em todas as ruas, pintando-as com um tom avermelhado que não distingue os espaços para cada modal de transporte. Além disso, foram removidos os estacionamentos das ruas.
Uma vez realizada a intervenção, o prefeito da cidade contou à Reuters que "o trânsito não dominaria mais", e o Chefe da Polícia Municipal afirmou que as pessoas passaram a se comunicar mais umas com as outras nas ruas.
3. Drachten, Países Baixos
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© NACTO, via Flickr  
 © NACTO, via Flickr
Hans Monderman foi um engenheiro de tráfego holandês considerado um dos criadores dosespaços compartilhados, uma proposta que foi aceita e promovida pela União Europeia.
Uma das primeiras cidades em que ele implementou a ideia foi Drachten, onde, semelhante aos outros lugares, foram eliminadas as sinalizações de trânsito, resultando na diminuição dos acidentes, no aumento da velocidade do transporte público e no descongestionamento do centro.
4. Londres, Reino Unido
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© NACTO, via Flickr 
    © NACTO, via Flickr
Na rua Kensington High, uma importante avenida comercial da capital britânica, as pistas foram estreitadas, novos cruzamentos foram criados e apenas um semáforo foi mantido.
Embora as mudanças não tenham sido tão drásticas como em Poynton ou na Praça Elwick em Ashford, seus efeitos foram bastante positivos, segundo informa uma pesquisa desenvolvida em 2006 pelo Transport for London (TfL), Departamento de Transportes da cidade.
O estudo aponta que os acidentes de trânsito passaram de 66 a 34 ao ano, enquanto que o fluxo de pedestres aumentou 7% e o de bicicletas 30%.
5. Norrköping, Suécia
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©  moonhouse, via Flickr      
© moonhouse, via Flickr
Norrköping é uma cidade de tradição universitária localizada próximo de Estocolmo que, em 2004, transformou um cruzamento conflituoso no centro em um espaço compartilhado.
Cerca de 13 mil veículos passam por esse lugar diariamente, porém, o congestionamento diminuiu, o número de pedestres aumentou e a atividade comercial se consolidou no local.
6. Seattle, Estados Unidos
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© citywalker, via Flickr 
      © citywalker, via Flickr
Seguindo a linha das intervenções anteriores, em abril do ano passado Seattle inaugurou o Bell Street Park.
Uma área de 56 mil metros quadrados compreendida por quatro quadras por onde era difícil a circulação de pedestres foi transformada em um espaço sem desníveis e sinalização. Em vez disso foram instalados mais mobiliários urbanos para tornar a experiência dos cidadãos mais agradável e confortável.
Via Plataforma Urbana.


 

Fonte:Gaete, Constanza Martínez. "6 exemplos de espaços compartilhados bem sucedidos" [6 ciudades en donde los Espacios Compartidos son un éxito] 21 Apr 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 21 Abr 2015. http://www.archdaily.com.br/br/765614/6-cidades-com-espacos-compartilhados-bem-sucedidos

FeNEA realiza levantamento sobre estágios em arquitetura e urbanismo

Escritórido BIG. Cortesia de BIG-Bjarke Ingels Group      Escritórido BIG. Cortesia de BIG-Bjarke Ingels Group
FeNEA - Federação Nacional dos e das Estudantes de Arquitetura e Urbanismo está promovendo uma campanha que visa construir um diagnóstico preciso da remuneração e das condições de trabalho e de aprendizado dos estágios ofertados no Brasil. As informações coletadas servirão como base para a construção de uma campanha nacional para a melhoria da qualidade dos estágios. Com dados concretos e precisos, a FeNEA terá mais condições de exigir e conquistar melhorias tanto na remuneração do trabalho dos estagiários quanto no compromisso, pela parte dos empregadores, de oferecer uma experiência prática que contribua para a formação do profissional Arquiteto e Urbanista.
Arquitetura e Urbanismo é uma disciplina fundamentalmente teórico-prática onde o projetar e construir são vínculos profundos no objeto da arquitetura. Para que tal aprendizado seja possível, faculdades e estágios são atividades importantes para nossa formação: enquanto  a academia nos traz a profundidade teórica, a atividade de trabalho nos estágios nos coloca mais próximos da realidade profissional, complementando-se.
Apesar disso, a situação dos estágios em Arquitetura e Urbanismo no Brasil não parece ser satisfatória. Infelizmente, o que encontramos, via de regra, é um trabalho mal remunerado e pouco complementar a nosso conhecimento acadêmico. Ocorre que hoje, grande parte dos escritórios tem nos estagiários uma importante fonte de mão de obra, que atua em diversas frentes, de atividades de criação a produção de desenhos e modelos.
Guarde esta imagem junto com tuas outras favoritas!

Se por um lado as entidades profissionais falam em reconhecimento da categoria dos profissionais Arquitetos e Urbanistas e valorização do objeto de trabalho pelo pagamento do preço efetivo, quando se trata de estágios em arquitetura, o discurso é silenciado. Para complementar o quadro, dada a expansão do ensino superior público e privado, hoje o trabalho de estágio representa uma fonte de renda significativa para estudantes que acabam por priorizar a atividade no escritório, se dedicando menos aos estudos acadêmicos.
Participe da campanha respondendo às 22 perguntas no questionáriodesenvolvido pela FeNEA.


 

Fonte:Romullo Baratto. "FeNEA realiza levantamento sobre estágios em arquitetura e urbanismo" 20 Apr 2015.ArchDaily Brasil. Acessado 21 Abr 2015. http://www.archdaily.com.br/br/765558/fenea-realiza-levantamento-sobre-estagios-em-arquitetura-e-urbanismo

Escadas

 
 
 
 
 
 

Livro ilustrado conta história da Villa Savoye, de Le Corbusier

O livro “Les Heures Claires de la Villa Savoye” combina ilustrações com material de arquivo e recordações pessoais dos moradores originais da famosa casa de veraneio projetada pelo arquiteto Le Corbusier, nos arredores da cidade francesa Poissy, em 1928.


Criada por Jean-Marc Savoye - neto dos clientes da obra, Pierre e Eugénie Savoye -, em colaboração com o pintor e ilustrador Jean-Philippe Delhomme, a publicação conta a história da residência desde a encomenda e desenho até a construção e ocupação.

Após um conturbado relacionamento com Le Corbusier durante a concepção do projeto, o casal passou a viver na casa em 1931. Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, eles se mudaram. O local permaneceu em estado de quase ruína por muitos anos, até passar por inúmeros restauros.
A Villa Savoye é considerada patrimônio arquitetônico pelo governo da França e funciona, atualmente, como uma casa-museu.
A obra, também conhecida como Le Heures Claires (em português, As Horas Claras), foi a primeira a concretizar os cinco pontos da nova arquitetura, propostos por Le Corbusier: planta livre da estrutura; construção sobre pilotis; terraço-jardim; fachada livre; e janela em fita.
O livro estará disponível no site de Jean-Philippe Delhomme, a partir do dia 16 de abril, e custará 19 euros.

Publicada originalmente em ARCOweb em 10 de Abril de 2015

Fonte: http://arcoweb.com.br/noticias/arquitetura/livro-ilustrado-conta-historia-da-villa-savoye-de-le-corbusier?utm_source=Edicao15042&utm_medium=150422&utm_campaign=NewsletterARCOweb&utm_source=Virtual_Target&utm_medium=Email&utm_content=&utm_campaign=News-150422&utm_term=

Qual o papel do desenho à mão na arquitetura de hoje?

Historicamente, a habilidade de desenhar à mão - seja para produzir desenhos técnicos precisos ou perspectivas expressivas - é um ponto central na profissão da arquitetura. Mas, com o lançamento e subsequente popularização de programas CAD desde o início dos anos 1980, o prestígio de desenhar à mão foi ameaçado. Hoje, com softwares de projeto e apresentação cada vez mais sofisticados - do Revit ao Rhinoceros - ganhando popularidade, a importância de desenhar à mão se tornou tema de uma discussão acalorada.
Assim, queremos oferecer aos nossos leitores a chance de expressar mais abertamente suas opiniões sobre o assunto. Seria o desenho à mão um anacronismo na arquitetura do século XXI? Ou essa técnica oferece aos arquitetos um modo de explorar ideias que seria impossível através do computador? Deve-se distinguir a utilidade dos desenhos técnicos e dos croquis? Há alguma diferença entre o desenho na formação e na prática profissional? Como se dividem os arquitetos que usam o desenho à mão e os arquitetos que utilizam programas de computador?
Abrimos a seção de comentários abaixo para que nossos leitores e leitoras compartilhem suas ideias sobre o assunto. As opiniões serão compiladas em um próximo artigo e nos ajudarão a compreender a relação entre o estado da arte da arquitetura e essa técnica de produção manual.




Fonte:Stott, Rory. "Qual o papel do desenho à mão na arquitetura de hoje?" [What Is The Role Of Hand Drawing In Today's Architecture?] 23 Apr 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 23 Abr 2015. http://www.archdaily.com.br/br/765689/qual-o-papel-do-desenho-a-mao-na-arquitetura-de-hoje

O que você faria para levar a natureza para os centros urbanos?

Em meio ao centro do Rio de Janeiro, sentar na grama enquanto carrega o celular.
Em meio ao centro do Rio de Janeiro, sentar na grama enquanto carrega o celular.

O Múrmura é uma plataforma colaborativa para compartilhar ideias e iniciativas transformadoras no espaço urbano. Uma das frentes de atuação de trabalho é por meio de desafios criativos que são lançados constantemente, o último deles é o “Traga a natureza pra cidade”.
Esse projeto busca incentivar a população urbana a levar mais verde para os bairros. “Nosso objetivo é encorajar as pessoas a intervirem na cidade em busca de fazer o cinza virar verde. Queremos despertar a inteligência coletiva e dar escala a ideias simples e transformadoras”.
Para encorajar e inspirar as ações, o grupo já testou na rua três ideias. “Um bom lugar para uma árvore” é iniciativa que pinta esta mesma frase no chão de ruas e avenidas com pouca vegetação. Trata-se de um alerta para a falta de áreas verdes na cidade e é uma ideia adaptada da artista norte-americana Candy Chang.


Divulgação

“Poste-árvore” é o nome de outro projeto desenvolvido para participar do desafio. Como o próprio nome indica, o grupo instalou diversas plantas nos postes e pontos de ônibus. As mudas foram plantadas em vasos e amarradas nas estruturas de concreto. Confira abaixo:

Divulgação

A última das ações foi a “A natureza recarrega”. Com um carrinho, foi projetado um banco de grama na Avenida Presidente Vargas, centro do Rio de Janeiro, com carregadores de celular. Quem passava por ali podia “sentar na grama” para esperar o ônibus passar, completar a carga do celular ou simplesmente descansar.
Este último projeto implantado, como pode ser visto abaixo, mostra que a intervenção urbana voltada para o verde, por menor que seja, já faz uma grande diferença no ambiente urbano.



Divulgação

O grupo convida todos a também colocarem a mão na massa. “Estamos procurando por ações simples, criativas, replicáveis e inspiradoras que despertem em outras pessoas a vontade de fazer também. A qualidade da execução e a apresentação da ideia são importantes, mas o mais importante é que a ideia seja capaz de ser executada em outros lugares também”, afirma o grupo. Confira abaixo o vídeo do desafio:

Veja o vídeo: https://vimeo.com/124778495

Este desafio é realizado em parceria com o Zebu, empresa que desenvolve projetos criativos de design e sustentabilidade. Para saber mais sobre como participar, clique aqui.

Marcia Sousa – Redação CicloVivo
Fonte: http://ciclovivo.com.br/noticia/o-que-voce-faria-para-levar-a-natureza-para-os-centros-urbanos

As 10 coisas que você deve saber sobre direitos autorais arquitetônicos

Wangjing SOHO, by Zaha Hadid Architects, is planned for Beijing but is being "copy-catted" in Chongqing (in fact, that version may be completed first). Northwest Aerial © ZHA        Wangjing SOHO, by Zaha Hadid Architects, is planned for Beijing but is being "copy-catted" in Chongqing (in fact, that version may be completed first). Northwest Aerial © ZHA
Com toda a recente polêmica sobre as imitações de Zaha Hadid na China, decidimos que seria interessante apresentar uma melhor compreensão do freqüentemente obscuro mundo dos direitos autorais arquitetônicos. Neste esforço, decidimos re-imprimir um artigo de Attorney Jeffrey M. Reichard, que lida com direitos de propriedade intelectual e construída juntamente com Nexsen Pruet em Grennsboro, NC, e conhece uma ou outra (ou dez!) coisas sobre o assunto. O artigo foi originalmente publicado como um Alerta dos Direitos de Construção para os clientes de seu escritório.
Algumas pessoas dizem que imitar é um modo sincero de demonstrar admiração. No entanto, sob as leis de direitos autorais arquitetônicos, imitações podem acabar custando caro. Aqui estão dez dicas que auxiliarão construtores, proprietários e arquitetos a se protegerem de disputas de direitos autorais arquitetônicos.
Veja as 10 coisas que você precisa saber sobre direitos autorais arquitetônicos após o intervalo...
1. CONSTRUIR UM EDIFÍCIO CONSIDERAVELMENTE SIMILAR SEM PERMISSÃO PODE INFRINGIR OS DIREITOS AUTORAIS DO PROPRIETÁRIO.
Em 1990, o Congresso aprovou o Ato de Proteção aos Direitos Autorais de Trabalhos Arquitetônicos que assegura explicitamente os direitos de proteção aos projetos originais de arquitetura em virtualmente qualquer forma, incluindo plantas, desenhos e os próprios edifícios. Isto significa que um construtor pode estar sujeito a infrações aos direitos autorais se o edifício infringe outras plantas ou edifícios, independente se as plantas foram mesmo copiadas. Portanto, construtores, arquitetos e proprietários não devem buscar imitar outra obra arquitetônica de forma alguma.
2. FAZER PEQUENAS ALTERAÇÕES NAS PLANTAS NÃO EVITA NECESSARIAMENTE A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS AUTORAIS.
Tribunais normalmente aplicam um ou dois testes para determinar se uma obra arquitetônica infringe o direito autoral de um trabalho original. Em cada um destes testes, o tribunal procura determinar se a obra acusada de violação é "consideravelmente similar" ao trabalho protegido. No primeiro teste, freqüentemente chamado de teste do "ver e sentir" ou teste do "conceito e sentimento total", as obras são comparadas em suas totalidades por "observadores comuns" para determinar se são muito similares ou não. Portanto, pequenas modificações que não mudem o aspecto geral da obra podem infringir os diretos do proprietário. No segundo teste, chamado de teste do "filtro", o tribunal filtra as porções não originais do trabalho antes de examinar as porções originais/protegidas da obra para determinar se são consideravelmente similares ou não. Com a aplicação destes testes, mudar aspectos básicos, como as janelas, portas ou outros elementos simples não é garantia de se evitar a violação dos direitos autorais.
3. VIOLAÇÃO INOCENTE NÃO É UMA DESCULPA PARA VIOLAR.
Para vencer uma ação judicial de infração de direitos autorais, o proprietário dos direitos não deve apontar a intenção de cópia, ou mesmo a cópia real. Ao invés disso, ele precisa simplesmente dizer que o alegado de infração teve acesso ao trabalho protegido por direitos de autor e que a obra alegada é consideravelmente similar à obra protegida pelos direitos. Conseqüentemente, o construtor ou proprietário poderá estar sujeito à violação dos direitos autorais, mesmo se eles não infringiram intencionalmente a obra protegida.
4. A FALTA DA NOTA DE DIREITOS AUTORAIS PODE NÃO PREVENIR O SUCESSO DE UM PROCESSO DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS.
Apesar de muitos acreditarem que a marca de direitos autorais  "©" é necessária para a proteção, isto é geralmente falso. Para obras publicadas após 01 de março de 1989, a marca de direitos autorais não é necessária para fazer valer um processo de violação de direitos autorais. Portanto, construtores, arquitetos e proprietários deveriam assumir que todas as obra arquitetônicas são protegidas, independente se o autor inclui ou não a marca de proteção de direitos.
5. A VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS TRAZ O RISCO DE DANOS, HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E CUSTOS JUDICIAIS.
Sob certas circunstâncias, o proprietário do direito autoral pode ter direito a receber indenização dos honorários advocatícios e custos judiciais por parte do infrator. Indenização significa que o proprietário não precisa provar a quantidade de danos sofridos como resultado da violação. Ao contrário, o tribunal pode destinar até $150.000 por infração. Em outras palavras, um construtor pode estar sujeito a ter de pagar até $150.000 por cada estrutura que infringe os direitos do proprietário. Além das indenizações, a corte pode definir que o infrator deve pagar taxas processuais e as taxas dos honorários advocatícios do proprietário.
6. ARQUITETOS E DESIGNERS DEVEM REGISTRAR O QUANTO ANTES SEUS DIREITOS AUTORAIS PARA OBTER MAIORES RECURSOS CONTRA POSSÍVEIS INFRATORES.
Como apontado no parágrafo anterior, indenizações e honorários podem estar disponíveis para proprietários de direitos autorais que registraram seus direitos a tempo. Para receber estes recursos, o proprietário deve ter registrado antes que a violação tenha sido iniciada pelo infrator ou, no caso de trabalhos publicados, dentro de três meses após a primeira publicação do trabalho. Registrar um direito autoral no Escritório de Direitos Autorais do Estados Unidades é simples, relativamente barato e pode ser feito eletronicamente. Para mais informações a respeito do registro de direitos autorais, por favor visite http://www.copyright.gov/.
7. SE VOCÊ RECEBEU AS PLANTAS DE TERCEIROS, ASSEGURE-SE DE QUE VOCÊ TEM O DIREITO DE CONSTRUIR, COPIAR E/OU MODIFICAR ESTAS PLANTAS ANTES DE USÁ-LAS.
Proprietários freqüentemente solicitam projetos a vários arquitetos ou designers durante a etapa de projeto e orçamento. Alguns proprietários acreditam possuir o direito de dividir as propostas obtidas neste processo com outros arquitetos que também competiam para conseguir o projeto. Isto pode ser problemático dependendo da relação contratual entre o proprietário e o projetista. Se o dono do projeto possui todos os direitos autorais do projeto original, um projetista desavisado pode violar estes direitos do projeto original quando altera e constrói um projeto consideravelmente similar ao original. Portanto, quando um proprietário, gerente de obras ou outro lhe entrega plantas arquitetônicas, você deve se assegurar de que possui o direito de construir, copiar e/ou modificar estas plantas antes de utilizá-las.
8. SE VOCÊ ACEITAR PLANTAS DE TERCEIROS, PEÇA PELA IDENTIFICAÇÃO DE QUALQUER VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL LIGADA ÀQUELAS PLANTAS.
Como comentado no parágrafo anterior, múltiplas conseqüências imprevistas podem ocorrer quando as partes compartilham plantas entre si. Portanto, se você receber plantas de construção de um terceiro e lhe for pedido para construir, modificar ou utilizar estas plantas, você deve pedir à parte que lhes concedeu as plantas para lhe indenizar se algum direito autoral referente àquelas plantas for infringido. A identificação escrita também deve incluir a identificação de quaisquer outras formas de propriedade intelectual que possa se originar do uso destas plantas e deve incluir o dever de defender qualquer litígio relacionado além do dever de indenizar.
9. O ARQUITETO OU DESIGNER ORIGINAL CONTINUA A SER O PROPRIETÁRIO DOS DIREITOS AUTORAIS DO PROJETO ARQUITETÔNICO, MESMO SE O CONTRATANTE OU PROPRIETÁRIO PAGOU PELO PROJETO.
Em muitos projetos de construção, o proprietário, gerente de obras, ou contratante contratará um arquiteto ou designer para projetar o edifício. Independentemente do pagamento, se o contrato não especifica o contrário, o arquiteto ou designer original permanece o proprietário dos direitos autorais e o comprador obtém meramente a licença não-exclusiva de utilizar as plantas para aquela construção em particular. Isto significa que o proprietário e/ou contratante não possuem necessariamente o direito de utilizar as plantas compradas para qualquer outro projeto e não possuem o direito de impedir o designer original de vender aquelas mesmas plantas para outros contratantes. Assim, proprietários e/ou contratantes devem insistir para que seus contratos contenham uma atribuição escrita de todos os direitos autorais e outras propriedades intelectuais que o arquiteto possui nas plantas para se garantirem de que o arquiteto não apresente nenhum direito de propriedade intelectual que possa criar problemas no caminho. Como alternativa, um proprietário ou contratante deve obter permissão escrita do arquiteto original antes de reutilizar plantas previamente adquiridas em outros projetos. Se a singularidade é importante para o proprietário, ele deve insistir também para que sua licença seja exclusiva. Caso contrário, um arquiteto poderia revender o projeto para outros.
10. GARANTA QUE SEU SEGURO CUBRA VIOLAÇÕES DE DIREITOS AUTORAIS.
Muitos profissionais da construção acreditam equivocadamente que possuem um seguro que cobre virtualmente qualquer espécie de reivindicação que possa surgir em uma construção. No entanto, a maior parte das apólices de seguro de responsabilidade civil não cobrem infrações de direitos autorais arquitetônicos. De acordo com o que foi dito neste artigo, processos de violação de direitos autorais podem ser muito caros e potencialmente devastadores para construtoras. Portanto, você deve consultar seu agente de seguros para se garantir de que sua apólice cobre esse tipo de violação. Em alguns casos, pode estar coberto por algum seguro de responsabilidade profissional. Em outros casos, você poderá adquirir cobertura adicional. Em qualquer uma das situações, é melhor estar seguro do que correr riscos.
Artigo via Lexology. Originalmente publicado em Nexsen Pruet.


Fonte:Quirk, Vanessa. "As 10 coisas que você deve saber sobre direitos autorais arquitetônicos " [The 10 Things You Must Know About Architectural Copyrights] 16 May 2013. ArchDaily Brasil. (Trad. Britto, Fernanda) Acessado 24 Abr 2015.http://www.archdaily.com.br/98175/as-10-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-direitos-autorais-arquitetonicos
Veja também a Resolução nº 67 do CAUBR, sobre o Direito Autoral:
http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2012/07/RES_67_ALTERADA_74.pdf

O MUNDO NÃO É MATERNAL - Martha Medeiros

É bom ter mãe quando se é criança, e também é bom quando se é adulto. Quando se é adolescente pensa que viveria melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, 
já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
 
O mundo não se importa de estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se viramos a noite na rua, não dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos. O mundo quer defender o seu, não o nosso.
O mundo quer que a gente fique horas no telefone, torrando dinheiro.
Quer que a gente case logo e compre um apartamento que vai nos deixar endividados por 20 anos.
O mundo quer que a gente ande na moda, que a gente troque de carro,
que a gente tenha boa aparência, e estoure o cartão de crédito.
Mãe também quer que a gente tenha boa aparência, mas esta mais preocupada com nosso banho, com os nossos dentes e nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que a gente se drogue, que a gente fume, que a gente beba.
O mundo nos olha superficialmente. Não consegue enxergar através. Não detecta nossa tristeza, nosso queixo que treme, nosso abatimento. O mundo quer que sejamos lindos, sarados e vitoriosos, para enfeitar ele próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta. O mundo não tira nossa febre, não penteia nosso cabelo, não oferece um pedaço de bolo feito em casa.

O mundo quer nosso voto mas não quer atender nossas necessidades. O mundo, quando não concorda com a gente, nos pune, nos rotula nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não para para nos ouvir.
O mundo pergunta quantos eletrodomésticos você tem em casa e qual é o grau de instrução, mas não sabe nada dos nossos medos de infância,
das nossas notas do colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Para o mundo, quem menos corre, voa. Quem não se comunica se trumbica. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. O mundo não quer saber de indivíduos, e sim de slogans e estatísticas...
 
Mãe é de outro mundo. É emocionalmente incorreta: exclusivista, parcial, metida brigona, insistente, dramática, chega a ser até corruptível se oferecendo em troca de alguma atenção.
Mãe sofre no lugar da gente, se preocupa com detalhes e tenta adivinhar todas as nossas vontades, enquanto que o mundo propriamente dito exige eficiência máxima, seleciona os mais bem dotados e cobra caro pelo seu tempo.

Mãe é de graça!!
 

Foto de Giu De Cesare.