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terça-feira, 5 de maio de 2015

Vila Mariana ganha mais um parklet
Trata-se de um espaço de convivência urbano, instalado sobre vagas de estacionamento. Plataforma foi a 20ª deste modelo implementado na cidade
14:56 28/04/2015
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A cidade de São Paulo ganhou na manhã desta terça-feira (28) seu 20º parklet. O espaço de convivência foi inaugurado na rua Dr. Bacelar, em frente ao número 1.043, na Vila Mariana, zona sul, onde está localizada a sede do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi), entidade responsável por sua instalação e manutenção.

A plataforma, instalada sobre duas vagas de estacionamento, possui bancos, guarda-sóis, mesas, bicicletários, bebedouro e, junto ao lixo, sacos plásticos para o recolhimento de fezes de animais de estimação.

"O prefeito está incentivando muito a ocupação dos espaços públicos. Este equipamento  é então mais uma área de convivência para a cidade. Esse é o vigésimo parklet de São Paulo, o terceiro aqui na Vila Mariana. E a aceitação tem sido muito boa, afirmou o subprefeito João Carlos da Silva Martins.

Os parklets são plataformas que podem ser equipadas com bancos, floreiras, mesas, cadeiras, guarda-sóis, aparelhos de exercícios físicos, paraciclos ou outros elementos de mobiliário, sempre com a função de recreação ou de manifestações artísticas.

Trata-se de uma iniciativa que permite e estimula o uso do espaço público de forma democrática, permitindo que os próprios cidadãos construam seus locais de convívio, melhorando a paisagem urbana e transformando espaços em lugares mais arborizados, com mais equipamentos e mobiliários urbanos, beneficiando ainda um número maior de usuários.

"Fazer um parklet na frente do Secovi é emblemático. Primeiro porque o nosso entorno será beneficiado, mas, mais importante do que isso, é que as nossas empresas que frequentam o sindicato poderão conhecer o projeto. A nossa ideia é fazer com que isso se multiplique e as empresas possam instalar plataformas como essas onde elas estão operando", afirmou Claudio Bernardes, presidente da entidade. 

Também compareceu à inauguração do 20º parklet implementado na cidade o secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Ricardo Teixeira. Os demais equipamentos estão espalhados pelas subprefeituras de Vila Mariana, Ipiranga, Sé e Pinheiros - esta última com a maior concentração deles, com 14 no total. Confira abaixo onde estão instalados tais espaços de convivência.  
Endereço dos parklets já instalados:
Subprefeitura do Ipiranga (1)
Rua Cisplatina, 31

Pinheiros (14)
Rua Isabel de Castela, 529
Rua Oscar Freire, 42
Rua Francisco Leitão, 282
Rua Aspicuelta, 547
Alameda Lorena, 1892
Rua Aspicuelta, 524
Rua Padre João Manoel, 47
Rua Fidalga, 245
Rua Harmonia, 305
Rua Vupabussu, 305
Rua Aspicuelta, 644
Rua Oscar Freire, 720
Rua Oscar Freire, 970
Rua Mateus Grou, 488

Sé (2)
Rua Maria Antonia, 316
Rua Maria Antônia, 330

Vila Mariana (2)
Rua João Lourenço, 367
Rua Coronel Oscar Porto, a 15 metros da rua Abílio Soares
Rua Dr. Bacelar, 1.043

Imagens para download
Crédito: César Ogata / SECOM
Foto 1 | Foto 2 | Foto 3 | Foto 4 | Foto 5 | Foto 6

Prefeitura de São Paulo disponibiliza Manual de instalação dos Parklets para download

Qualquer calçada que respeite os termos do decreto pode ser estendida e a solicitação deverá ser feita à Subprefeitura

Fonte:http://www.capital.sp.gov.br/portal/noticia/2266

Inauguração de Parklet Rua Dr. BacelarCesar Ogata / SECOM

Superkilen Park

BIG architects, Topotek1 e Superflex

Dinamarca
Superkilen é um parque dinamarquês que celebra a diversidade local e foge da formalidade dos espaços públicos, usando muita cor. O projeto de melhoria urbana foi o vencedor de um concurso realizado na cidade de Copenhagen, no intuito de integrar a população da cidade, que reúne mais de 50 nacionalidades.
Os vencedores BIG architects, Topotek1 e Superflex não queriam apenas projetar mais um parque na cidade, mas sim uma grande área que refletisse e celebrasse as diversas etnias das pessoas que frequentam o espaço.
Assim, eles convidaram os próprios cidadãos para deixarem sugestões e participarem de reuniões públicas, afim de dizerem o que gostariam de ter no parque, contribuindo com ideias e artefatos para o projeto. 
Balanços do Iraque, bancos brasileiros, placas de neon da Rússia, e palmeiras que vieram da China, são alguns dos objetos e 108 plantas que captam de forma alegre a pluralidade cultural, nos mais de 30 mil metros quadrados de parque.
A divisão das áreas é feita através de cores: as figuras geométricas vermelhas, laranjas e rosas demarcam a área de recreação, o piso preto com linhas brancas determina a área de ciclismo, além de comportar uma grande fonte do Marrocos e um escorregador em forma de polvo japonês. Além disso há uma extensa área verde, para passear com animais, fazer piqueniques, ou mesmo para deitar e apreciar a natureza.
O projeto custou onze milhões de dólares e recebeu vários prêmios, entre eles o AIA Honor Award in the Regional & Urban Design, pelo American Institute of Architects, o prêmio da União Européia em Arquitetura Contemporânea e foi listado como Design do Ano pelo Design Museum de Londres.
No entanto, o parque divide opiniões. Alguns acreditam que ele é muito colorido e destoante da cidade, outros consideram o projeto vibrante e divertido. E você, o que acha? Confira mais fotos na galeria.

Fonte:http://www.bimbon.com.br/arquitetura/superkilen_park

quinta-feira, 30 de abril de 2015

O que você faria para levar a natureza para os centros urbanos?
23 de Abril de 2015 • Atualizado às 09h50


O Múrmura é uma plataforma colaborativa para compartilhar ideias e iniciativas transformadoras no espaço urbano. Uma das frentes de atuação de trabalho é por meio de desafios criativos que são lançados constantemente, o último deles é o “Traga a natureza pra cidade”.
Esse projeto busca incentivar a população urbana a levar mais verde para os bairros. “Nosso objetivo é encorajar as pessoas a intervirem na cidade em busca de fazer o cinza virar verde. Queremos despertar a inteligência coletiva e dar escala a ideias simples e transformadoras”.
Para encorajar e inspirar as ações, o grupo já testou na rua três ideias. “Um bom lugar para uma árvore” é iniciativa que pinta esta mesma frase no chão de ruas e avenidas com pouca vegetação. Trata-se de um alerta para a falta de áreas verdes na cidade e é uma ideia adaptada da artista norte-americana Candy Chang.
“Poste-árvore” é o nome de outro projeto desenvolvido para participar do desafio. Como o próprio nome indica, o grupo instalou diversas plantas nos postes e pontos de ônibus. As mudas foram plantadas em vasos e amarradas nas estruturas de concreto. Confira abaixo:
A última das ações foi a “A natureza recarrega”. Com um carrinho, foi projetado um banco de grama na Avenida Presidente Vargas, centro do Rio de Janeiro, com carregadores de celular. Quem passava por ali podia “sentar na grama” para esperar o ônibus passar, completar a carga do celular ou simplesmente descansar. 
Este último projeto implantado, como pode ser visto abaixo, mostra que a intervenção urbana voltada para o verde, por menor que seja, já faz uma grande diferença no ambiente urbano.
O grupo convida todos a também colocarem a mão na massa. “Estamos procurando por ações simples, criativas, replicáveis e inspiradoras que despertem em outras pessoas a vontade de fazer também. A qualidade da execução e a apresentação da ideia são importantes, mas o mais importante é que a ideia seja capaz de ser executada em outros lugares também”, afirma o grupo. Confira abaixo o vídeo do desafio:
Este desafio é realizado em parceria com o Zebu, empresa que desenvolve projetos criativos de design e sustentabilidade. Para saber mais sobre como participar, clique aqui.
Marcia Sousa – Redação CicloVivo


Por: http://ciclovivo.com.br/noticia/o-que-voce-faria-para-levar-a-natureza-para-os-centros-urbanos

Saiba como estimular a criatividade no ambiente de trabalho

Por Juliana Nakamura
Edição 215 - Dezembro/2011
Sergio Colotto
Sim, a criatividade pode ser desenvolvida e exercitada. Poucas vezes vem do zero: ideias inovadoras são, principalmente, resultado de bagagem cultural e de conhecimentos que vão além da vida profissional - ou seja, incluem uma busca por informações diversas, seja em livros, filmes ou música, por exemplo. Na arquitetura, cultivar essa busca constante por novas ideias pode evitar a redundância de linguagem e é uma ferramenta a mais para encontrar soluções aos problemas dos clientes.
"Repetir a linguagem pode ser um reflexo da insegurança para a experimentação e sua necessidade de se ater à memória e ao passado. A história tem obviamente de ser considerada. Mas também é importante termos sensibilidade para interpretar nossa condição social e cultural e criarmos nossos próprios marcos históricos", acredita Daniel Corsi, do escritório Corsi Hirano.
O arquiteto Guto Requena lembra que as tecnologias digitais trouxeram uma espécie de democratização da profissão. Se por um lado isso é positivo, por outro indica que bons profissionais precisam se esforçar mais para se diferenciar. "Todos podem fazer maquetes eletrônicas realistas. O que diferencia o projeto é a criatividade e a destreza em lidar, de maneira original, com os problemas e desafios do projeto", diz Guto.
BUSQUE REPERTÓRIO
O pensamento criativo é, de forma geral, proporcional ao repertório profissional, cultural e humano do indivíduo. "A experiência pessoal fora do ambiente arquitetônico conta muito, ainda mais hoje, quando a parceria entre arquitetura e outras áreas vem criando soluções extremamente inovadoras", diz Lula Gouveia, sócio do Estúdio Superlimão. "Antoni Gaudí tinha uma bagagem extraordinária simplesmente por conviver com seu pai que era serralheiro", exemplifica Lula.
Em um de seus trabalhos mais recentes, o showroom e galeria de arte Firma Casa (AU 213), em São Paulo, o Estúdio Superlimão precisava encontrar uma solução para que toda a fachada pudesse ser revestida por seis mil mudas de Espada de São Jorge. A saída veio em forma de um vaso confeccionado a partir de uma chapa de alumínio dobrada como um origami. "Ao unir uma técnica milenar a um material moderno, conseguimos uma solução simples e eficiente. Isso não se aprende em cursos acadêmicos, mas com pesquisa e vivência, aliadas a um olhar livre de conceitos pré-estabelecidos", revela Lula. A combinação entre conhecimentos de diferentes disciplinas e pesquisa aplicada também resultou em ideias criativas para o projeto do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, assinado pelos arquitetos do Corsi Hirano. "Era importante assimilarmos o que a ciência tinha a oferecer para a arquitetura. Isso nos fez pensar em cada elemento do museu sempre vinculado à ciência", conta Daniel. No projeto, isso é visível na entrada em balanço, que provoca um questionamento sobre a física, e nas perfurações da superfície da fachada que representam o infinito ao reproduzir diagramas matemáticos. "A inventividade surge de associações. Exceder a arquitetura é fundamental", finaliza Daniel.
COMO ESTIMULAR
A criatividade se revela a partir de associações e combinações originais de planos, modelos, sentimentos, experiências e fatos. O consultor Jairo Siqueira conta que há uma série de técnicas para estimular esse tipo de pensamento. Algumas são mais conhecidas, como o brainstorming, que permite a geração de novas ideias, conceitos ou soluções relacionadas a um tema específico em um ambiente livre de críticas e de restrições à imaginação - que pode tanto ser feito em grupo quanto individualmente.
Há ainda o mapa mental (mind map), que consiste em um diagrama que centraliza certo conceito e, a partir dele, dispõe radialmente palavras, ideias, tarefas e outros itens ligados ao conceito que se quer aprofundar. "O diagrama representa conexões entre pedaços de um tema ou tarefa. Pelas informações e suas conexões de uma maneira gráfica, o mapa mental estimula a imaginação e o fluxo natural de ideias livre da rigidez das anotações lineares", explica Jairo que recomenda, ainda, a prática constante de questionar a validade de regras, procedimentos, situações, informações ou comportamentos assumidos como verdadeiros e incontestáveis. Afinal, esse tipo de pensamento engessado só atrapalha a inovação.
INOVAR PARA CRESCER
A batalha entre lucratividade, prazo e crescimento pode ser contraditória na adoção de técnicas para estimular a criatividade. A lucratividade requer eficiência, processos estáveis e controlados, padronização e previsibilidade. O crescimento, por sua vez, requer inovação, mudanças nos processos, fuga da rotina e assumir riscos. "A opção pelo crescimento implica certa tolerância a erros, pois raramente a inovação nasce de uma única ideia brilhante. Muitos casos de sucesso são construídos sobre experimentos fracassados", ressalta o consultor.
Como estimular a criatividade?
● Fuja da Síndrome da Jaula Pequena, caracterizada pela inércia e pelo comodismo. Você pode estar cercado de oportunidades para fazer coisas originais, mas continuar a fazer as coisas sempre do mesmo jeito, ignorando as mudanças que ocorrem à sua volta
● Procure criar uma cultura de experimentação no escritório, ainda que isso possa exigir alguma disposição para arcar com os custos de tentativas fracassadas até se chegar ao sucesso
● Mantenha-se sempre atualizado em relação a novos materiais e técnicas
● Reserve um tempo para investir em novas soluções para o projeto. Não pare na primeira ideia
● A criatividade só se transforma em inovação quando é bem-aplicada. Na arquitetura, ideias criativas fazem sentido quando estão acompanhadas de sentido
● No dia a dia, utilize ferramentas como o brainstorming. Também analise as ideias considerando seus pontos fortes, fracos e interessantes. Explore todos os aspectos da ideia antes de julgá-la
● Além do brainstorming, arquitetos podem fazer croquis à mão livre para estimular a imaginação e o fluxo de ideias desde o início do projeto
● Guarde seus croquis em um local de fácil acesso. O material pode servir como fonte de inspiração para projetos futuros
Sergio Colotto

 

Procurando estágio?


Por Giovanny Gerolla
Edição 213 - Dezembro/2011

Sergio Colotto

O futuro arquiteto e pretendente à vaga de estagiá­rio deve saber que está prestes a adentrar em um mundo de trabalho e desenvolvimento de projetos em equipe, com arquitetos de diversos graus e níveis de experiência, o que exigirá capacidade de interlocução e relacionamento, além de criatividade e muita personalidade. Isso sem contar, claro, os ingredientes básicos: cursar graduação em arquitetura e dominar ferramentas como AutoCAD ou, mais recentemente, a plataforma BIM (softwares como ArchiCAD, Bentley, Revit e Vectorworks).
"Sem dúvida, softwares de desenho ou de design serão exigência de qualquer escritório; por isso indicamos que se interem sobre esses programas desde o primeiro semestre da faculdade", diz Eduardo de Oliveira, Superintendente de Operações do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

HABILIDADE X VONTADE

Em alguns casos, a bagagem técnica pode não ser tão essencial para conseguir uma vaga, pois alguns profissionais acreditam que o conhecimento pode ser adquirido durante a experiência de trabalho. Nestes casos, são levados em conta, por exemplo, conhecimentos mais gerais - como o que o candidato sabe sobre atualidades, cultura geral e história da arte ou da arquitetura. "Com isso, o contratante busca saber sobre os interesses e núcleos temáticos de domínio do candidato", afirma Eduardo.
Para o arquiteto Maurício Karam, no entanto, a entrevista não é a etapa mais importante: "Pedimos também ao candidato que faça alguns desenhos técnicos, para entendermos um pouco melhor seu nível de detalhamento. Mas o que acabo analisando mesmo é sua vontade de aprender, pois currículo e teste demonstram pouco suas reais habilidades. Para o estagiário, o que vale mesmo é a avaliação que fazemos dele ao longo da fase de experiência".
O arquiteto Sidney Quintela concorda: tantas qualificações não serviriam muito ao escritório de arquitetura se o candidato não trouxesse consigo, principalmente, vontade de aprender e interesse na empresa onde vai trabalhar.


CARGOS

No escritório de Maurício Karam, o estagiário acaba exercendo a função de profissional júnior. Já Sidney Quintela informa que o nível de cobrança sobre o estudante, assim como os requisitos para sua contratação, vai variar de acordo com o período da graduação em que estiver. "Nosso estagiário dá suporte direto aos arquitetos que desenvolvem projetos e, inicialmente, terá de se acostumar também a algumas atividades mais braçais, como fazer cadastros e ajustes em plantas e desenhos no CAD", exemplifica Sidney.


EDUCAÇÃO E SOCIABILIDADE

Empreendedorismo, resiliência, liderança, fle­­­­xi­­­­­­­bili­da­de, as­­­­sertividade, ética no trabalho, além de boa comunicação falada e escrita. Esses são alguns dos aspectos requisitados por empresas que buscam estagiários em arquitetura.
Quem não se vê muito apto à boa convivência corporativa não deverá, no entanto, entrar em pânico desde logo - nem se imaginar, de antemão, excluído do mercado. O próprio CIEE tem oficinas presenciais de livre acesso (sem custos) em algumas de suas unidades, que buscam desenvolver inteligência emocional, relacionamento interpessoal e dar uma lição de autoconfiança para a entrevista com o possível empregador. Há ainda opções de cursos online.


A SUA VAGA

Para encontrar a vaga de cada perfil, valem ferramentas como sites pagos ou gratuitos de emprego, redes e grupos sociais, blogs e murais da faculdade. "Também é importante que o futuro profissional de arquitetura e urbanismo invista na construção de um networking, pois com seus contatos, professores e com experiências prévias de trabalho ficarão sabendo de novas vagas disponíveis", complementa Aline Christine, consultora de RH da Catho Online.
Segundo pesquisas do CIEE, 65% dos estagiários acabam sendo efetivados. O mineiro Gustavo Penna confirma as estatísticas: "Mais da metade de meus arquitetos, hoje empregados, foram meus estagiários um dia".

Clientes: como fidelizar?

Por Silvana Maria Rosso
Edição 214 - Dezembro/2011

Custa cinco vezes mais conquistar um novo cliente do que manter um atual. Essa é a conclusão de Philip Kotler, autor do bestseller Marketing para o Século 21, com base em pesquisas realizadas pela Tarp (Technical Assistance Research Program).
"Quando a empresa perde um cliente, perde o lucro que teria com suas contratações futuras - e já teve custos para conquistá-lo a primeira vez", observa Fernanda Zannoni, consultora de gestão e marketing de empresas de prestação de serviços. As vantagens em fidelizar o contratante não param por aí. Além de contratar o escritório para outras obras, clientes satisfeitos também o recomendam a terceiros.
"Arquitetos têm um enorme potencial de negócios mal-aproveitado", afirma o consultor de mar­keting Ricardo Botelho, especializado no setor de arquitetura e construção civil. Segundo Ricardo, os escritórios deixam de agir e de mobilizar a carteira de clientes para conseguir novos por simples falta de visão e de percepção.

COMERCIAL X RESIDENCIAL


Em geral, os clientes de obras comerciais são os que usufruem mais frequentemente dos serviços do escritório de arquitetura, principalmente quando expandem o negócio. Já o projeto residencial tem um caráter menos periódico - afinal, o cliente não muda de casa nem reforma todo ano. Para esse perfil, Ricardo aconselha que sejam previstos serviços de manutenção e atualização de projeto.
A ideia é que o arquiteto desenvolva um planejamento de prospecção baseado em um calendário de demandas de ex-clientes. Pelo próprio projeto também é possível identificar o momento ideal para uma manutenção específica e se planejar para relembrar o cliente no momento mais propício.
As consultas técnicas, por exemplo, são bons indicadores de fidelização, mostram a constância do cliente e é sinal de confiança no trabalho. "Temos clientes para os quais já fizemos mais de 40 projetos. Outros passam algum tempo sem fazer contato, mas quando resolvem fazer um novo empreendimento ligam de volta", conta o arquiteto Luciano Imperatori, da Hochheimer Imperatori Arquitetura.

SABER ESCUTAR


É o tipo de clichê que vale sempre a pena reforçar: cada cliente é único e exige um tratamento específico. No entanto, se for para escolher uma fórmula que deve acompanhar todos os casos, seria: esteja sempre presente, principalmente resolvendo os problemas. Essa posição consolida o relacionamento entre cliente e arquiteto. "O cliente não quer pensar em problemas, quer que você resolva. A dica está no bom atendimento", explica o arquiteto Luis Capote, sócio do escritório Roberto Loeb Arquitetura.
Equipes entrosadas e motivadas se comunicam rapidamente quando percebem necessidades de intervenção. Quando surgir um problema, a transparência é o melhor remédio. "Sempre que estiver errado, reconheça - mesmo quando não souber o que fazer", aconselha Luis. Para isso, é preciso ter um time comprometido em responder, de forma rápida, a todas as demandas. "Mesmo que seja para dizer que não dá para fazer. Os clientes odeiam ser enrolados. Na verdade, os maiores problemas surgem pela falta de posição", diz Ricardo.
A escuta ativa é um recurso muito usado para detectar problemas. É preciso prestar atenção aos sinais que o cliente emite. Para Luciano, o líder do escritório de arquitetura deve manter contato direto com o contratante. "Ainda que deleguemos tarefas a outros arquitetos do escritório (independentemente do nível deste profissional) devemos periodicamente 'dar as caras' durante o processo. Nem que seja apenas para um cafezinho", instrui.

QUEM RECLAMA GOSTA


O líder do escritório de arquitetura deve definir o estilo de atendimento, envolvendo a equipe para que tome consciência de que o cliente forma a opinião sobre o escritório de arquitetura a cada contato e interação. Além disso, precisa de paciência para administrar conflitos pois, quase sempre, o cliente que reclama é o que quer ficar.
"Quem está insatisfeito e não acredita que a situa­ção tem conserto, normalmente vira as costas e vai embora. Procura terminar logo e trocar de fornecedor, sem maior perda de tempo. Evita desgastes desnecessários", revela Fernanda.
Pesquisar o nível de satisfação no final de cada etapa indica as correções a serem feitas para melhorar a performance da equipe e dos fornecedores - e ter isso registrado é uma boa ferramenta para decisões futuras.

TEMPO É DINHEIRO


Fernanda aconselha que a dedicação ao cliente seja proporcional ao número de horas previstas no escopo do contrato de prestação de serviços, que servirá de base na precificação dos trabalhos. "Isso representa objetividade no dimensionamento, no orçamento do serviço e no compromisso da entrega do projeto", explica Fernanda.
O ponto de equilíbrio é quando se consegue organizar para entregar uma solução sob medida, sem desperdícios de recursos ou processos, com valor positivo ao cliente e com resultado financeiro ao escritório. Mas isso nem sempre é fácil. Luciano Imperatori diz que atender simultaneamente os três pontos básicos para a fidelização - preço, escopo e prazo - é quase impossível. "Deve-se afinar ou priorizar dois deles, em detrimento do terceiro, conforme a necessidade de cada cliente ou o perfil do escritório. Isso pode significar que determinados clientes podem não interessar mercadologicamente a determinado tipo de escritório", acrescenta.
Os arquitetos devem ter consciência de que são prestadores de serviço. "Se deixamos o profissionalismo de lado e nos baseamos apenas no 'gênio criativo' é o começo do fim", conclui Luciano.
Comunicação dentro e fora

- Planeje com o seu cliente a fase pós-projeto, que inclui consultas técnicas, manutenções e futuras ampliações da edificação
- A cada etapa concluída, avalie o grau de satisfação do cliente. Aplicar um questionário, nem que seja em uma conversa informal, ajuda a obter as respostas que indicam as correções a serem feitas
- Nem todo cliente entende o dia a dia de um serviço de arquitetura. Por isso, elabore e envie regularmente relatórios que expliquem as atividades realizadas no projeto: cabe ao arquiteto explicar as soluções oferecidas
- Após a venda, não caia no esquecimento: prepare mensalmente - ou em períodos maiores - newsletters com os novos projetos do escritório e envie aos clientes antigos e novos
- Reúna-se periodicamente com sua equipe para transmitir as observações feitas pelo cliente
- Esse momento também é ideal para ouvir as dificuldades do time e, a partir daí, bolar estratégias de melhoria de produção e de relacionamento com o cliente
- Defina o estilo de atendimento do escritório: qual a posição de cada arquiteto frente a pedidos do cliente
- Também exponha as características de cada cliente, e o que se deve priorizar no atendimento, de acordo com as necessidades e características do projeto